Joana D' Arc "A Donzela"
Joana D’Arc
nasceu na França, no ano de 1412, no lugarejo de Domrémy. No contexto
histórico do século XV, a França se encontrava em meio a uma
“turbulência” política, social e econômica. O rei Carlos VI estava
doente e, por suas ausências no governo, a rivalidade entre a casa da
França e a casa de Borgonha (também na França) acentuou-se.
A França, no século XV, encontrava-se quase que em uma total anarquia e
permeada por motins e assassinatos. Assim, os conflitos civis e a
desordem social estavam instalados na França. Dentro desse contexto, a
Inglaterra, sob o comando do rei Henrique V, viu a oportunidade de tomar
o poder na França.
No ano de 1422, no entanto, o rei Carlos VI, da França, e o rei inglês
Henrique V, morreram. A irmã de Carlos VI, casada com Henrique V,
assumiu a regência do trono francês. Sem nenhum sucessor para o trono
francês, os ingleses aproveitaram para uma possível invasão da França.
No momento em que a França estava sendo invadida pelos ingleses, surgiu a
figura mítica da história francesa: Joana D’Arc, insatisfeita com o
governo britânico, assim como os camponeses e populares.
Joana, quando era criança, divertia-se normalmente, brincava, mas tinha
responsabilidade sobre outros afazeres: tomava conta do rebanho de
carneiros, costurava e cuidava dos serviços domésticos. A religiosidade
era outra característica presente na vida de Joana D’Arc, tanto é que,
aos 12 anos de idade, conta-se que a menina afirmou ter ouvido vozes
vindas do céu que lhe diziam para salvar a França e coroar o rei.
Em certo dia, Joana escreveu ao rei uma carta, pedindo conselhos, e o
rei aceitou recebê-la (os motivos da concordância do rei são
desconhecidos). Dessa maneira, Joana D’Arc partiu para a corte no dia 13
de fevereiro de 1429 e chegou ao Castelo de Chinon, residência do rei
Carlos VII (filho de Carlos VI. É interessante ressaltar que a
Inglaterra não reconhecia a legitimidade do governo de Carlos VII), no
dia 23 de fevereiro. As primeiras palavras de Joana para o rei foram em
relação à visão que havia tido.
Entretanto, o rei somente acreditou em Joana quando ela falou sobre os
vários pedidos que ele fizera a Deus, enquanto rezava solitário na
Igreja. Após ser testada também por teólogos, Joana D’Arc recebeu do rei
uma espada, um estandarte e o comando geral dos exércitos franceses.
Joana queria atacar a região de Orleans sob o comando dos ingleses, por isso enviou um aviso a eles: “A
vós, ingleses, que não tendes nenhum direito neste Reino de França, o
Rei dos Céus vos ordena, e manda, por mim, Joana, a Donzela, que deixeis
vossas fortalezas e retorneis para vosso país, caso contrário farei
grande barulho”.¹
A guerreira e a tropa francesa mobilizada pelo rei Carlos VII
conseguiram empreender vitórias em diversas batalhas. Essa disputa ficou
conhecida na história como a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), da qual
a França saiu vitoriosa, conseguindo expulsar os ingleses,
principalmente do norte da França.
Após a expulsão dos britânicos, os nobres franceses, representados pelo
rei Carlos VII, temerosos de uma forte aliança popular entre Joana
D’Arc e a população camponesa, entregaram-na para os ingleses. Joana foi
morta, queimada na fogueira, no ano de 1430 sob a acusação de bruxaria.
No ano de 1453, a Guerra dos Cem Anos terminou com a assinatura do
Tratado de Paz entre França e Inglaterra.
Leandro Carvalho
Mestre em História
Mestre em História
¹ Trecho retirado: GARÇON, Maurice. ‘Joana D’Arc. Uma santa em armas’. In: Biografias. Os grandes nomes da Humanidade. Revista História Viva, nº 2 , São Paulo: Duetto-Editorial, p. 64-69.
Comentários
Postar um comentário